domingo, 16 de maio de 2010

...devaneiosssss....

HAVIA UM QUARTO EM MINHA CASA QUE EU NEM IMAGINAVA TER, pra ser mais específico, era um lugar muito organizado onde assemelhava-se à uma das lojas da "Galeria do Rock", onde estavam guardados meus discos de vinil, CDs, livros e dois coturnos brilhantes dos quais não mais fazia idéia de que ainda eu os tinha, um era marrom e o outro, preto. Eu havia dito pra minha mãe, que eu iria trabalhar com o marrom e ela pra me ajudar, se ofereceu para engraxá-los, mas quando vi ela havia passado uma tinta plástica amarela na base, então acabei indo com o preto, com cadarços brancos, enquanto ouvia um chavão do "outro lado", que coturnos com "cadarços brancos", são para anti-punks.

domingo, 27 de dezembro de 2009

A origem da Umbanda



(Zélio Fernandino de Moraes)




 ORIGEM E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA UMBANDA






Em fins do século passado, existiam, no Rio de Janeiro, várias modalidades de culto que denotavam, nitidamente, a origem africana, embora já bem distanciadas da crença trazida pelos escravos. A magia dos velhos africanos, transmitida oralmente, através de gerações, desvirtuara-se mesclada com as feitiçarias provindas de Portugal onde, existiram sempre os feitiços, as rezas e as superstições.


-  As "macumbas" mistura de catolicismo, feiticismo negro e crenças nativas - multiplicavam-se;

tomou vulto a atividade remunerada do feiticeiro;


-  o "trabalho feito" passou a ordem do dia, dando motivo a outro, para lhe destruir os efeitos maléficos;

-  generalizaram-se os "despachos", visando obter favores para uns e prejudicar terceiros;

-  aves e animais eram sacrificados, com as mais diversas finalidades;

-  exigiam-se objetos raros para homenagear entidades ou satisfazer elementos da baixo astral.





Sempre porém, obedecendo aos objetivos primordiais:


-  aumentar a renda do feiticeiro


-  ou "derrubar" os que não se curvassem ante os seus poderes ou pretendessem fazer-lhe concorrência.






Os Mentores do Astral Superior, porém, estavam atentos ao que se passava. Organizava-se um movimento destinado a combater a magia negativa que se propagava assustadoramente; cumpria atingir, de início, as classes humildes, mais sujeitas às influências do clima de superstições que imperava na época.






( "Enquanto isto, no plano terreno surge, no ano de 1904, o livro Religiões do Rio, elaborado por "João do Rio", pseudônimo de Paulo Barreto, membro emérito da Academia Brasileira de Letras.


No livro, o autor faz um estudo sério e inequívoco das religiões e seitas existentes no Rio de Janeiro, àquela época, capital federal e centro sócio-político-cultural do Brasil. O escritor, no intuito de levar ao conhecimento da sociedade os vários segmentos de religiosidade que se desenvolviam no então Distrito Federal, percorreu igrejas, templos, terreiros de bruxaria, macumbas cariocas, sinagogas, entrevistando pessoas e testemunhando fatos.


Não obstante tal obra ter sido pautada em profunda pesquisa, em nenhuma página desta respeitosa edição cita-se o vocábulo Umbanda, pois tal terminologia era desconhecida.")














Formaram-se então, as falanges de trabalhadores espirituais, que se apresentariam na forma de Caboclos e Pretos Velhos, para mais facilmente serem compreendidos pelo povo. Nas sessões espíritas, porém, não foram aceitos: identificados sob essas formas, eram considerados espíritos atrasados e suas mensagens não mereciam nem mesmo uma análise. Acercaram-se também dos Candomblés e dos cultos então denominados "baixo espiritismo", as macumbas. É provável que, nestes, como nos Batuques do Rio Grande do Sul, tenham encontrado acolhida, com a finalidade de serem aproveitados nos trabalhos de magia, como elementos novos no velho sistema de feitiçaria.






A situação permanecia inalterada, ao iniciar-se o ano de 1900.


As determinações do Plano Astral, porém, deveriam cumprir-se.













Em 15 de novembro de 1908, compareceu a uma sessão da Federação Espírita, em Niterói, então dirigida por José de Souza, um jovem de 17 anos de tradicional família fluminense. Chamava-se ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES. Restabelecera-se, no dia anterior, de moléstia cuja origem os médicos haviam tentado, em vão, identificar. Sua recuperação inesperada por um espírito causara enorme supressa. Nem os doutores que o assistiam nem os tios, sacerdotes católicos, haviam encontrado explicação plausível. A família atendeu, então, à sugestão de um amigo, que se ofereceu para acompanhar o jovem Zélio à Federação.






Zélio foi convidado a participar da Mesa. Zélio sentiu-se deslocado, constrangido, em meio àqueles senhores. E causou logo um pequeno tumulto. Sem saber por que, em dado momento, ele disse: "Falta uma flor nesta casa: vou buscá-la". E, apesar da advertência de que não poderia afastar-se, levantou-se, foi ao jardim e voltou com uma flor que colocou no centro da mesa. Serenado o ambiente e iniciados os trabalhos, manifestaram-se espíritos que se diziam de índios e escravos. O dirigente advertiu-os para que se retirassem. Nesse momento, Zélio sentiu-se dominado por uma força estranha e ouviu sua própria voz indagar por que não eram aceitas as mensagens dos negros e dos índios e se eram eles considerados atrasados apenas pela cor e pela classe social que declinavam. Essa observação suscitou quase um tumulto. Seguiu-se um diálogo acalorado, no qual os dirigentes dos trabalhos procuravam doutrinar o espírito desconhecido que se manifestava e mantinha argumentação segura. Afinal um dos videntes pediu que a entidade se identificasse, já que lhe aparecia envolta numa aura de luz.






Se querem um nome - respondeu Zélio inteiramente mediunizado - que seja este: eu sou o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, porque para mim não haverá caminhos fechados.






E, prosseguindo, anunciou a missão que trazia: estabelecer as bases de um culto, no qual os espíritos de índios e escravos viriam cumprir as determinações do Astral. No dia seguinte, declarou ele, estaria na residência do médium, para fundar um templo, que simbolizasse a verdadeira igualdade que deve existir entre encarnados e desencarnados.






Levarei daqui uma semente e vou plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em árvore frondosa.






No dia seguinte, 16 de novembro de 1908, na residência da família do jovem médium, na Rua Floriano Peixoto, 30 em Neves, bairro de Niterói, a entidade manifestou-se pontualmente no horário previsto - 20 horas.






Ali se encontravam quase todos os dirigentes da Federação Espírita, amigos da família, surpresos e incrédulos, e grande número de desconhecidos que ninguém poderia dizer como haviam tomado conhecimento do ocorrido. Alguns aleijados aproximaram-se da entidade, receberam passes e, ao final da reunião, estavam curados. Foi essa uma das primeira provas da presença de uma força superior.






Nessa reunião, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS estabeleceu as normas do culto, cuja prática seria denominada "sessão" e se realizaria à noite, das 20 às 22 horas, para atendimento público, totalmente gratuito, passes e recuperação de obsedados. O uniforme a ser usado pelos médiuns seria todo branco, de tecido simples. Não se permitiria retribuições financeiras pelo atendimento ou pelos trabalhos realizados. Os cânticos não seriam acompanhados de atabaques nem de palmas ritmadas.






A esse novo culto, que se alicerçava nessa noite, a entidade deu o nome de UMBANDA, e declarou fundado o primeiro templo para sua prática, com a denominação de tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, porque: "assim como Maria acolhe em seus braços o Filho, a Tenda acolheria os que a ela recorressem, nas horas de aflição".






Através de Zélio manifestou-se, nessa mesma noite, um Preto Velho, Pai Antônio, para completar as curas de enfermos iniciadas pelo Caboclo. E foi ele quem ditou este ponto, hoje cantado no Brasil inteiro: "Chegou, chegou, chegou com Deus, Chegou, chegou, o Caboclo das sete Encruzilhadas".






A partir desta data, a casa da família de Zélio tornou-se a meta de enfermos, crentes, descrentes e curiosos.






-  Os enfermos eram curados;






-  os descrentes assistiam as provas irrefutáveis;






-  os curiosos constatavam a presença de uma força superior;






-  e os crentes aumentavam dia a dia.










Cinco anos mais tarde, manifestou-se o Orixá Malé, exclusivamente para a cura de obsedados e o combate aos trabalhos de magia negra.






Passados dez anos, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS anunciou a Segunda etapa de sua missão: a fundação de sete templos, que deveriam constituir o núcleo central para a difusão da UMBANDA.





A Tenda da Piedade trabalha ativamente, produzindo curas, principalmente a recuperação de obsedados, considerados loucos, na época. Já então se contavam às centenas as curas realizadas pela entidade, comentadas em todo o Estado e confirmadas pelos próprios médicos, que recorriam a Tenda, em busca da cura dos seus doentes. E o Caboclo indicava, nas relações que lhe apresentavam com nome dos enfermos, os que poderia curar:






-  eram os obsedados, portadores de moléstias de origem psíquica;




-  os outros, dizia ele, competia à medicina curá-los.






Zélio de Moraes, já então casado, por determinação da entidade, recolhia os enfermos mais necessitados em sua residência, até o término do tratamento astral. E muitas vezes, as filhas, Zélia e Zilmeia, crianças ainda, cediam o seu aposento e dormiam em esteiras, para que os doentes fixassem bem acomodados.






Nas reuniões de estudo que se realizavam às quintas-feiras , a entidade preparava os médiuns que seriam indicados, posteriormente, para dirigir os novos templos. Fundaram-se, as Tendas:






-  Nossa Senhora da Guia - Pres. Leal de Souza, cerca de 1918,






-  Nossa Senhora da Conceição,






-  Santa Bárbara - Pres. João Salgado,






-  São Pedro - Pres. José Mendes,






-  Oxalá - Pres. Paulo Lavois,






-  São Jorge - Guia Espiritual Ogum de Tibiri, Médium João Severino Ramos, fundada em 1935






-  São Jerônimo - Pres. José Álvares Pessoa, após 1935.






Após a criação das sete primeiras tendas iniciou-se ao longo de todo território nacional a criação de tendas, tendo sido implantadas nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo (fundaram-se, na Capital, 23 tendas e 19 em Santos), Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, e Pará (Belém). Neste último estado foi criada a Tenda Mirim Santo Expedito, por Joaquim Bentes Monteiro e sua esposa, que se transferiram para aquele estado com esta finalidade. Em Minas Gerais já conseguimos identificar como originários do Caboclo das Sete Encruzilhadas a Tenda do Silêncio, fundada pelo Dr. Valadão, e a Tenda Umbanda Buscando Luz, fundada pelo General Berzelius e sua esposa, D. Celeste, preparada pela entidade Pai João, e que recebia a guia chefe da casa Vó Quitéria. Posteriormente, Dr. Valadão se aproximou da linha de Umbanda proposta por W. W. da Matta e Silva.




Confirmava-se a frase pronunciada na Federação Espírita: "Levarei daqui uma semente e vou plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em árvore frondosa".




Em 1937, os templos fundados pelo CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS reuniram-se, criando a Federação Espírita de Umbanda do Brasil, posteriormente denominada União Espiritualista de Umbanda do Brasil. E em 1947, surgiu o JORNAL DE UMBANDA que, durante mais de vinte anos, foi um órgão doutrinário de grande valor. Zélio de Moraes instalou federações umbandistas em São Paulo e Minas Gerais.




O Período de Afirmação Doutrinária: Como se sabe a história nunca se faz com rupturas drásticas entre um período e outro. Todas as mudanças são anunciadas ao longo do próprio período a ser substituído. Assim também aconteceu com a Umbanda. Ao longo das décadas de 40, 50 60 e 70, vários autores começaram a buscar dar maior consistência doutrinária à Umbanda. Porém, como todas as coisas ocorrem em seu devido tempo, todas as tentativas pecaram por buscar explicações para as origens e os princípios de Umbanda em eras passadas, continentes desaparecidos ou em línguas mortas; outro fato que levou a um fracionamento da Umbanda e às misturas, foi a pretensão de cada autor, sacerdote, ou pai de terreiro, de criar sua própria religião, dando um cunho profundamente personalista aos seus terreiros. Cumpriram, no entanto, seu papel ao colocar cada vez mais clara a importância da Umbanda no Brasil.






BIBLIOGRAFIA:



ESTUDO DA UMBANDA 1, 2, 3 E 4 DO CENTRO ESPÍRITA VOVÓ JOANA DA BAHIA. RUA 126 Nº 148 - JARDIM DA PAZ - MAUÁ - RIO DE JANEIRO



UMBANDA - RELIGIÃO DO BRASIL- EDITORA OBELISCO



A UMBANDA BRASILEIRA - JOSÉ FONSECA



O CULTO DE
UMBANDA EM FACE DA LEI- VÁRIOS UMBANDISTAS -RIO DE JANEIRO/1944



SELEÇÕES DE UMBANDA - BABALORIXÁ OMOLUBÁ



UMBANDA - SUA CODIFICAÇÃO EDYR ROSA GUIMARÃES ALMIR S. M. DE LIMA



MAGIA DE UMBANDA BABALORIXÁ OMULUBÁ



CADERNOS DE UMBANDA Nº 3 - BABALORIXÁ OMULUBÁ



GRAVAÇÕES FEITAS PELA VOZ DE ZÉLIO DE MORAES. E POSTERIORMENTE POR SUAS FILHAS ZÉLIA E ZILMÉIA.






Todos os documentos que comprovam a verdade destes fatos estão arquivados na CASA BRANCA DE OXALÁ TEMPLO UMBANDISTA - Rua Barbacena 35 - Lagoa Santa - Minas Gerais CEP 33400-000


Dirigentes: Solano de Oxalá e Maria de Omolú


Email: vianasolano@uol.com.br


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Zélio de Fernandino de Moraes






Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens.


Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro.




Sua mãe, D. Leonor de Moraes figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio. O Pai de Zélio de Moraes Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita, já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita.






Mais tarde junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, município de Cachoeira do Macacú
Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia (desencarnou em 26.04.2000) e Zilméia.
– RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu. Faleceu aos 84 anos no dia 03 de outubro de 1975.






http://www.paimaneco.com.br/zelio.html

Ah!! Maryana!!!


Não se atreva a cansar de nos dar atenção...

... e nunca deixe de sorrir para o mundo!!  rs

domingo, 4 de outubro de 2009



                   

Carta aberta, de Eliane Shinyashiki, para Renato Aragão, o Didi.



        Dou nota DEZ para essa mulher.
        Parabéns!



          
          Quinta, 23 de maio de 2009.


        Querido  Didi,



      Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos(apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências)...

                                                           


         Achei que as cartas não deveriam ser endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.
       Não foi por 'algum' motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última Carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.
       Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não
ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da minha família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não Mata ninguém. Muito pelo contrário, faz bem!
      Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária, eu já era uma micro empresária.



       Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento, em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família.





      Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais.

                                                                               


       O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não têm a educação como prioridade. Pois a educação tira a subserviência e esse fato, por si só não interessa aos políticos no poder. Por isso, o dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal.

      Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)!    O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda? Você pode ajudar a mudar isso! Não acha?



        Você diz em sua Carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua Carta não deveria ser endereçada à minha pessoa.


       Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é 'o cara'. Ele tem a chave do Cofre e a vontade política para aplicar os recursos. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. Mas, infelizmente, não é o que acontece...



      No último parágrafo da sua Carta mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da 'minha' doação, que a 'minha' doação faz toda a diferença... Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias..

                                                                          


        Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar.   Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho. Isso significa que o governo leva mais de  um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família. Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.


     Outra coisa Didi, mande uma Carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os ministros e professores das escolas públicas. Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino.  Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas possa desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.





     Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de "Embaixador Especial do Unicef" para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Shinyashiki - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari.



 P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.





 PS2* Aos otários que doaram para o criança esperança. Fiquem sabendo, as organizações Globo entregam todo o dinheiro arrecadado à UNICEF e recebem um recibo do valor para dedução do seu imposto de renda. Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda, porque é ela quem o faz.





 PS3* E O DINHEIRO DA CPMF QUE PAGAMOS DURANTE 11(ONZE) ANOS? MELHOROU ALGUMA COISA NA EDUCAÇÃO E NA SAÚDE DURANTE ESSES ANOS? BRASILEIROS PATRIOTAS (e feitos de idiotas) DIVULGUEM ESSA REVOLTA.... isto deveria chegar em Brasilia.

sábado, 26 de setembro de 2009

Neil Gaiman, dos "Perpétuos"


"Com um punhado de areia
eu mostrarei o terror a vocês..."



“Perpétuos”, ou "Os Sem Fim”, é a definição dada aos personagens da mais famosa saga do escritor e roteirista de quadrinhos, cinema, como também uma mini-série para televisão londrina BBC, Neil Gaiman. Os Perpétuos nada mais são, que vidas dada à manifestações abstratas, como Sonho, Morte, Desejo, Destino, Delírio,Desespero e Destruição.


Sandman é uma revista de história em quadrinhos , sucesso de crítica e público. Foi criada por Neil Gaiman em 1988 para o selo Vertigo da Editora DC Comics. Suas histórias descrevem a vida de Sonho, o governante do Sonhar (o mundo dos sonhos) e sua interação com o universo, os homens e outras criaturas.


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Sonho  (que também é conhecido como Morpheus, Sandman, Oneiros, Oniromante e Lorde Moldador, entre outros nomes) é o governante do Sonhar. Ele é um Pérpetuo - os Perpétuos (the Endless) são manifestações antropomórficas de aspectos comuns a todos os seres vivos: Destino, Desencarnação (ou Morte), Devaneio (ou Sonho), Destruição, Desejo, Desespero e Delírio. Os 7 perpétuos não são deuses, mas sim entidades além, responsáveis pelo ordenamento da realidade conhecida. Só sua existência mantém coeso o universo físico e todos os seres vivos.


A saga Sandman, teve muitas influências, tanto como de personagens mitológicos, literários, como também de personagens de outros quadrinhos.


Personalidade

Sonho é um herói nobre, trágico, no estilo tradicional dos heróis da tragédia grega. Às vezes parece insensível, outras meditativo ou irado, mas invariavelmente melancólico. Já seu lado mais racional está sempre ciente de suas responsabilidades, tanto para com as pessoas comuns, quanto para aqueles de suas terras. Compartilha de uma ligação recíproca de dependência e de confiança com sua irmã mais velha, a Morte. Apesar de obscuro, talvez por ter de conviver com a imaginação e os desejos reprimidos de todos os seres vivos que libertam suas mentes em seu reino, ele se esforça vigorosamente em compreender sua própria natureza e a dos outros perpétuos.


Aparência

De modo geral, Sandman aparece para cada pessoa como o aspecto mais nobre de sua raça. Como personagem, Sonho é extremamente pálido, tem cabelos negros e se veste geralmente apenas com uma peça de tecido preto enrolada ao corpo. A forma na qual geralmente é visto na revista parece ter sido baseada na aparência do cantor Robert Smith (vocalista da banda The Cure).Já apareceu, na história chamada "Histórias na Areia", interagindo com os antepassados de uma tribo da África sub-saariana, representado como um homem negro chamado Kai'Ckul. Também já apareceu transfigurado em gato na história "Sonho de Mil Gatos" e também como raposa no especial "Caçadores de Sonhos". Sonho às vezes é visto com uma ou mais de suas ferramentas: uma algibeira cheia de areia, um rubi e um elmo de formato bastante singular. O elmo - feito com ossos de um deus morto, só costuma ser usado em algumas situações, como viagens a lugares inóspitos - também é seu símbolo na galeria de cada Perpétuo. Ele sempre se veste de preto, exceto quando usa seu traje formal, que tem detalhes roxos e azuis. No seu passado não costumava ser assim. Na história "Homens de Boa Sorte", Sonho é visto em diferentes momentos nos últimos 500 anos. Nessa história seus trajes são um pouco mais convencionais do que os do Sonho moderno, mas ainda com um ar de excentricidade. Outro detalhe, seus olhos são negros como a noite pontilhada por milhares de estrelas brilhantes.

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O Sonhar

As mentes de todos os seres vivos estão ligadas ao reino de Morpheus, o Sonhar. É para lá que vão as almas de todos os que dormem e onde são guardadas lembranças e pensamentos da hora do sono. O Sonhar guarda também o mundo imaginário de cada sonhador, várias realidades alternativas e seres imaginários se escondem lá. Sua biblioteca abriga bilhões de livros que nunca foram escritos. Toda a sanidade mental dos seres depende da boa administração desse reino (já que a realidade física do universo e mental dos seres também depende de nada "vazar" de lá para cá)e Sandman executa suas funções de maneira magistral. No sonhar vivem, por exemplo, Caim e Abel.





Destino


Destino é o mais velho dos Perpétuos. No princípio havia a Palavra, e ela foi escrita à mão na primeira página de seu livro, antes mesmo de ser pronunciada.


Para os olhos mortais, Destino é, também, o mais alto dos Perpétuos.











Morte (Desencarnação)

Talvez este seja o melhor modo de definir a irmã mais velha de Morpheus.


Diferentemente do que se esperava, ela não foi concebida por Gaiman e Dringenberg como uma figura sombria e fria, um 'esqueleto com uma foice', mas sim como uma bela garota, que se veste como uma pós-punk, e que sempre nos passa muito otimismo e alegria, apesar do fardo que é o seu "trabalho".


Aliás, em se tratando deste assunto, sem sombra de dúvida seu irmão mais novo, Sonho, é muito mais mórbido e melancólico que ela. Ela traz sempre consigo seu símbolo: o Ankh.


O Ankh é um símbolo muito antigo, derivado da cultura egípcia. Ele era encontrado sempre nos hieróglifos, sendo segurado pelas divindades egípcias como se fosse uma chave, o que nos remete ao seu significado como "a chave dos portões que separam a vida e a morte", já que estes desenhos eram muito comuns em pirâmides mortuárias dos faraós.


O Ankh é considerado um símbolo de vida e fertilidade, o que torna ainda mais irônico ser exatamente ele o símbolo utilizado pela irmã mais velha. Ela não foi a primeira a vir... mas será a última a partir.





Delírio

Delírio é a mais jovem dos Perpétuos.


Ela cheira a suor, vinho azedo, noites tardias e couro velho. Seu reino é próximo, e pode ser facilmente visitado. As mentes humanas, porém, não foram feitas para compreender seu domínio, e os poucos que viajaram até ele conseguiram relatar apenas fragmentos perdidos.












Destruição

Destruição, que refere-se a si mesmo como 'a ovelha negra da família', é o membro dos Perpétuos que nos traz à conclusão de que talvez eles não sejam realmente necessários. Podemos vencer as dificuldades sem que eles nada façam. Segundo ele, os Perpétuos não têm o direito de interferir com as nossas vidas. Nós somos capazes de conduzi-las.


Ele tenta ser criativo, como tem mostrado em suas "vidas" longe dos Perpétuos. Um construtor, um artista, um trabalhador, um chefe, Destruição passa todo o seu tempo construindo, ao invés de destruir. Destruição possui uma sabedoria secular e uma capacidade de raciocínio muito acima do que nós podemos racionalizar. Mesmo sendo um dos mais novos membros da família, é considerado o "grande irmão" por todos. Destruição já não discute mais com sua família. Talvez por isso, viva sempre de mudança.








Desejo

Só há uma coisa pra se ver no reino crepuscular de Desejo. É o que se chama limiar, a fortaleza do Desejo.



Desejo sempre morou no limite.


O limiar é maior do que podemos imaginar. É uma estátua de Desejo, ele ou ela própria. (Desejo nunca se satisfez com um único sexo. Ou apenas uma de qualquer coisa... Exceto, talvez, o próprio limiar.) O limiar é um retrato do Desejo, completo em todos os detalhes, erguido, a partir de seus caprichos, com sangue, carne, osso e pele. E, como toda verdadeira cidadela desde o início dos tempos, o limiar é habitado. O lugar só tem um ocupante neste momento. O Desejo dos Perpétuos.







Desespero

Desespero, irmã gêmea de Desejo, é rainha de seu próprio domínio sombrio. Diz-se que, dispersas pelo reino de Desespero, há uma infinidade de pequenas janelas penduradas no vazio.

A cada janela aberta uma cena diferente se revela. Em nosso mundo, a vista é um espelho. Assim, quando você fita seu próprio reflexo e nota os olhos de Desespero sobre si, é fácil senti-la agarrando e apertando seu coração.








Arcos de história


No total, são 13 arcos que contam a história de Sandman em 75 números. Entre parênteses, as edições que pertencem a cada arco.






Sandman: Prelúdios e noturnos (01 a 09)


Sandman: A casa de bonecas (10 a 16)


Sandman: Terra dos sonhos (17 a 20)


Sandman: Estação das brumas (21 a 28)


Sandman: Espelhos distantes (29 a 31)


Sandman: Um jogo de Você (32 a 37)


Sandman: Convergência (38 a 40)


Sandman: Vidas breves (41 a 49)


Sandman: Fim dos mundos (51 a 56)


Sandman: Entes queridos (57 a 69)


Sandman: Despertar (70 a 73)


Sandman: Exílio (74)


Sandman: A tempestade (75)


No Brasil foram lançados 10 arcos (assim como nos Estados Unidos). Os arcos, em ordem, são:






1. Sandman: Prelúdios e noturnos (The Sandman #1-8, 1988-1989)






2. Sandman: A casa de bonecas (The Sandman #9-16, 1989-1990)






3. Sandman: Terra dos sonhos (The Sandman #17-20, 1990)






4. Sandman: Estação das brumas (The Sandman #21-28, 1990-1991)






5. Sandman: Um jogo de você (The Sandman #32-37, 1991-1992)






6. Sandman: Fábulas & Reflexões (The Sandman #29-31, 38-40, 50, Sandman Special #1 and Vertigo Preview #1, 1991, 1992, 1993)






7. Sandman: Vidas Breves (The Sandman #41-49, 1992-1993)






8. Sandman: Fim dos Mundos (The Sandman #51-56, 1993)






9. Sandman: Entes Queridos (The Sandman #57-69 and Vertigo Jam #1, 1994-1995)






10. Sandman: Despertar (The Sandman #70-75, 1995-1996)






OBS.: As datas acima são das publicações americanas.







Títulos Relacionados



Sandman - The Dream Hunters (Os Caçadores de Sonhos):  Situado no Japão, este conto de fadas adulto, narrado com ilustrações e prosa, foi maravilhosamente pintado pelo lendário artista Yoshitaka Amano (Final Fantasy).



Morte - A Festa :   Em uma homenagem a Gaiman, Jill Thompson cria e ilustra uma história no estilo mangá, com os personagens de Sandman. As duas irmãs mais novas da Morte (Delirio e Desespero) organizam uma festa para os fugitivos do Inferno. Quando a farra foge ao controle, Morte tem que restabelecer a ordem e salvar o Além.



Morte - O Preço da Vida:  A cada século, durante um dia, a Morte toma sua forma característica para aprender mais sobre as vidas que deve tomar. (Publicado em 1994 no Brasil, pela editora Globo)



Morte - O Grande Momento da Vida:  Quando uma jovem mãe faz um acordo com a Morte para salvar seu filho, sua namorada paga o preço, em uma história sobre fama, relacionamentos e rock'n roll. (Publicado em 1997 no Brasil, pela editora Abril)



Capas na areia:  Não é propriamente uma história mas um apanhado das capas da revista, que são pura arte. Contém também comentários, entrevistas e uma história inedita.



Noites Sem Fim (Endless Nights):  Coletânea de 7 histórias, cada uma sobre um dos Perpétuos, esta obra é a primeira tradução mundial do trabalho de Gaiman e cada conto foi ilustrado por um artista diferente. (Publicado no Brasil pela editora Conrad)



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Perp%C3%A9tuos
            http://www.sonhar.net/



domingo, 20 de setembro de 2009

A "Estrutura dos Versos"


Para Norma Goldstein, não existe receitas para interpretação de um poema. "Versos, Sons, Ritmos" trata da análise com um procedimento didático cujo ponto de chegada é a recuperação da unidade do texto poético, no momento da interpretação. Sem perder de vista esta unidade, a autora mostra as possibilidades de aprofundar a leitura do poema por meio dos recursos fônicos e ritmos: metrificação, rimas, versos, estrofes.



Essa leitura deve ainda levar em conta o contexto e as condições de produção. Numerosas exemplificações, análises e interpretações ajudam o leitor a mergulhar mais profundamente no universo literário. E o capítulo finalapresenta um exemplo de análise, que o leitor, com sua sensibilidade, pode e "deve" ampliar.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A Vida em seu estado mais puro. Minha linda sobrinha Maryana!


Aurora sorridente, na mais pura inocência de teus primeiros raios de vida,




De tua candura que resplandesce teus mimos e carícias, uma pequena fada, nascida numa rosa, de um belo jardim numa tarde de verão.


Bem-vinda à este terreno mundo, e que os anjos, lhe saúdem na porta de entrada dos salões de Morfeu.

Que neste plano, possas caminhar e repousar em nuvens ao entardecer. Banhar-se à luz da amiga Lua, brincar com as estrelas, sempre sob a guarda do Grande Mago!